Eu ouvi o grito dos meus
Em vozes mudas
E de estridentes
Passaram a puras.
A tecla do piano estava gasta,
O vazio preenchia-a
E eu já nem sabia
Se me achava magoada ou perdida.
As pancadas na porta
Aterravam a taciturna escultura,
Ora esbofeteando a sua frágil face
Ora esfaqueando-a sem piedade alguma.
Então,
Sussurrava-me o seu terror, o medo
Como que temendo
Por uma vida esquecida.
Vi apenas.
Era tarde para abraçar
O que não conhecia.
Quero que o escuro me envolva
E me faça sua eterna amiga.
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